O ministro-adjunto Eduardo Cabrita, em declarações dadas na última semana em Penela, Coimbra, afirmou que o governo está a estudar a substituição dos trabalhadores sazonais por famílias de refugiados nas autarquias da Beira Interior, Sul, Oeste e Trás-os-Montes.
O projeto-piloto está a ser analisado pelas respetivas autarquias, conjuntamente com os empresários da zona.
Segundo a Agência Lusa, a ideia do ministro-adjunto é atrair trabalhadores em áreas em que Portugal “tem mão-de-obra sazonal imigrante”, substituindo essa sazonalidade por “famílias que, com carácter de permanência, estejam disponíveis a integrar-se na sociedade portuguesa”. Desta forma o governo está a estudar formas de substituir sazonalidade das atividades na zona para uma fixação das famílias da maneira a suprimir as carências significativas de mão de obra.
– É um grande esforço nacional, que une a sociedade portuguesa e manifesta o melhor do nosso sentimento de um país solidário, mesmo em tempos de dificuldades – afirmou Eduardo Cabrita em declaração à agência.
Já foram integrados 20 refugiados na vila de Penela, Coimbra. Para o presidente da Câmara local, a vila pode ser considerada um “exemplo de um território que apesar de pequeno na sua dimensão consegue ser grande”.