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Gosta de ir a sítios secretos quando viaja? Já há um mapa que desvenda os melhores

O projeto chama-se Atlas Obscura e nasceu em 2009. Foi desenvolvido por dois jornalistas americanos, Joshua Foer e Dylan Thuras, que se conheceram dois anos antes e juntaram ideias para criar um atlas diferente de todos aqueles que já tinham visto no mercado e no mundo digital. Assim, com o objetivo de registar e indicar os locais mais incomuns do globo, surgiu o Atlas Obscura, que atualmente conta com uma base de quase 15.000 sítios apontados e se tornou uma verdadeira enciclopédia online para os curiosos de viagens. Se a má notícia é que a plataforma só existe em inglês, a boa-nova é que o acesso ao mapa é totalmente gratuito e aberto a todos os que o queiram consultar.

 

Quando está dentro do site, a pesquisa é muito fácil: pode filtrar os resultados através de uma busca por região ou popularidade e através de listas temáticas. Contudo, a pesquisa do outro lado do ecrã já não é assim tão simples. Tendo em conta que o site é alimentado por uma comunidade de viajantes e utilizadores, todos os dias surgem novas sugestões de locais que as pessoas gostariam de ver integrados no atlas. David Plotz, diretor executivo da plataforma desde 2014, referiu numa conversa com a Condé Nast Traveler espanhola que chegam aproximadamente 800 recomendações por mês. Mesmo assim, apenas cerca de 200 são realmente aproveitadas, uma vez que todas as informações têm que ser previamente confirmadas para poderem ser acrescentadas ao mapa. Para esse efeito, há uma equipa de jornalistas responsável por confirmar a veracidade e a unicidade dos locais, além de garantir que há fotos dos mesmos.

 

Acreditamos que, onde quer que se esteja no mundo, há sempre algo incrível ao virar da esquina e queremos que seja explorado. Acreditamos que todos nós podemos ser exploradores do mundo que nos rodeia”.
David Plotz, CEO do Atlas Obscura

 

Atualmente, e desde 2017, o site está também munido de um “guia” de locais distintos para se comer – o Gastro Obscura. No entanto, antes de se perder em devaneios gastronómicos, deve espreitar os lugares mais especiais deste atlas. Para isso, aconselhamos que veja as imagens abaixo, referentes a alguns dos locais dos países de língua oficial portuguesa que integram esta lista tão particular:

 

 

 

O Palácio de Ferro, em Luanda, Angola. Foi construído algures no final do século XIX e é feito maioritariamente de ferro. Diz-se por aí que foi Gustav Eiffel o responsável por esta criação peculiar (Imagem: Reprodução Atlas Obscura)
Fordlândia, em Aveiro (Pará), Brasil. O projeto falhado de Henry Ford, que tentou criar a maior plantação de borracha do mundo na floresta da Amazónia, mas acabou por ter prejuízo (Imagem: Reprodução Atlas Obscura)
Destroços de um navio espanhol na Praia da Atalanta, na Ilha da Boa Vista, Cabo Verde. Encalhou em terras cabo-verdianas no ano de 1968, mas a sua rota original levava-o ao Brasil e à Argentina. A bordo estavam presentes do ditator espanhol, Francisco Franco, para os seus apoiantes (Imagem: Reprodução Atlas Obscura)
Grande Hotel Beira, na cidade da Beira, Moçambique. Construído durante os anos 50 e outrora considerado um dos mais luxuosos hotéis de África, é agora um edifício abandonado e habitado por pessoas em situação de sem-abrigo (Imagem: Reprodução Atlas Obscura)
Catacumbas da Igreja de São Francisco, no Porto, Portugal. Localizam-se sob o chão da igreja e contêm sepulturas de membros da ordem franciscana e de famílias nobres da cidade. Além disso, contêm também um ossário com milhares de ossos humanos, que podem ser observados através de um vidro colocado no chão (Imagem: Reprodução Atlas Obscura)
Pico Cão Grande, no Parque Natural Ôbo, São Tomé e Príncipe. Trata-se de uma elevação montanhosa, de origem vulcânica, com 386 metros de altura. Há ainda quem ouse escalá-la, mas a sua natureza escorregadia faz com que essa seja uma opção com alguns riscos (Imagem: Reprodução Atlas Obscura)
Uma Lulik, as casas sagradas de Timor-Leste, em Lospalos. Há outras casas iguais espalhadas pelo restante território timorense. São características do povo Fataluko, uma minoria étnica no país, que as considera símbolo sagrado do contacto entre os vivos e os mortos e do elo entre o presente e o passado (Imagem: Reprodução Atlas Obscura)

 

 

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