Eusébio vai ser transladado para o Panteão Nacional
Foi aprovado na Assembleia da República de Portugal (AR) o projeto de resolução para que o corpo do futebolista Eusébio fosse transladado para o Panteão Nacional, a famosa igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, que desde 1836 se destina a homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao País, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade.
Eusébio da Silva Ferreira, de seu nome completo, será o primeiro futebolista a figurar no monumento nacional, onde ficará sepultado ao lado de nomes eternos da cultura e história portuguesa como Amália Rodrigues, Almeida Garrett ou Humberto Delgado, entre outros.
Tal como a lei obriga, passou mais de um ano desde a morte do ícone lusitano, em 05 de janeiro de 2014, que se imortalizou, sobretudo, pelas suas exibições pela Seleção Nacional durante o Mundial de 1966, em Inglaterra, onde se sagrou melhor marcador do torneio, foi o principal responsável pela eliminação do Brasil de Pelé, pela lendária reviravolta no jogo contra a Coreia do Norte e pelo brilhante terceiro lugar da Seleção das Quinas, naquela que se mantém até aos dias de hoje, como a melhor prestação de sempre do país em Mundiais de Futebol.
A decisão de transladar o jogador nascido em 25 de janeiro de 1942, na antiga cidade de Lourenço Marques (agora Maputo), em Moçambique (à data colónia portuguesa), para o lugar reservado aos heróis da pátria portuguesa, foi tomada por unanimidade, tendo recolhido o apoio de todas as bancadas parlamentares e a concordância do governo, que fez questão de estar presente na AR, durante a votação.
De lembrar ainda, que no dia em que passou um ano desde a morte do ‘Pantera Negra’, a Câmara de Lisboa homenageou o jogador, dando o seu nome a uma das principais avenidas da cidade, um troço junto ao Estádio da Luz, casa do Sport Lisboa e Benfica, clube onde foi ‘Rei’, – alcunha que se mantém junto dos adeptos do clube – e conheceu os maiores sucessos, tendo ganho ao serviço do clube uma Liga dos Campeões, 11 títulos de campeão nacional, cinco Taças de Portugal e a distinção de Melhor Jogador do Mundo em 1965.
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