Estudantes brasileiros ganham concurso mundial da ONU com óculos inteligentes para deficientes visuais
(Imagem: Divulgação)
Um projeto brasileiro foi premiado na sétima edição do World Summit Youth Award, competição global entre desenvolvedores e empreendedores com menos de 30 anos que criam projetos com base nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU (Organização das Nações Unidas).
Quem levou o prêmio foi o WearIT, grupo de pesquisa do Recife que desenvolve o PAW (Projeto Annuit Walk), óculos que detectam eventuais obstáculos no caminho e avisam o usuário.
Os óculos identificam e sinalizam ao usuário obstáculos acima da linha da cintura, área que não é alcançada pelas bengalas. Com raios ultrassônicos, eles localizam objetos num ângulo de 120° e emitem um sinal. O sinal é sentido por meio de vibrações de uma pulseira ou colar, e, a partir da intensidade da vibração, a pessoa pode escolher o melhor caminho a seguir.
O acessório ainda pode interagir com um aplicativo de celular, que mapeia objetos presentes nos trajetos e funciona como uma espécie de GPS para os deficientes visuais, indicando as direções com os menores riscos de acidentes.
A ideia é dar mais mobilidade e qualidade de vida aos 6,5 milhões de deficientes visuais que vivem no Brasil. Segundo o Censo 2010 do IBGE, 92% das cidades brasileiras são inacessíveis para cegos e nenhum município brasileiro tem todas as vias públicas adequadas para eles. Já no mundo, existem mais de 314 milhões de cegos ou pessoas com algum grau de deficiência visual, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde.
– Criamos um dispositivo que protege o corpo inteiro do usuário – explicou o coordenador do projeto, o cientista da computação Marcos Penha, ao BrasilPost.
O protótipo custou cerca de R$ 45 e agora busca investidores para ser desenvolvido em larga escala.
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