A agência de notícias Angop já havia divulgado, em março de 2018, o interesse que algumas empresas chinesas demonstraram em investir nas áreas da agricultura, do turismo, da logística e da gestão florestal, em determinadas zonas do território angolano.
Seguindo esta lógica de parceria, quarenta técnicos do Instituto de Desenvolvimento Agrário de Angola iniciaram, em novembro de 2018, uma ação de formação, monitorizada por especialistas da Faculdade Agropecuária de Jiangsu, na República Popular da China.
Segundo as informações divulgadas pela Angop, esta ação de formação, na qual participam, além dos técnicos, produtores agropecuários da província do Huambo, irá ter uma duração de 12 dias, sendo uma iniciativa da empresa Jiangzhou Agricultural Science & Technology Development. É a primeira formação do género que se realiza em Angola, estando inserida nos acordos de cooperação bilateral entre os dois países. O desenvolvimento da atividade agropecuária do território é a principal meta.
Na cerimónia que assinalou o arranque da formação (19 de novembro de 2018), foi mencionado o exemplo dos agricultores chineses, que apostam sistematicamente na aprendizagem de novas técnicas agrícolas, atingindo metas elevadas no domínio agropecuário. Por esse motivo, a troca de experiências e saberes, com o intuito de melhorar este setor no território angolano, foi o objetivo acordado entre os países-parceiros, a médio-prazo.
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O presidente do conselho de administração da empresa Jiangzhou, Zhu Jinlin, informou que esta entidade, além da formação, está a desenvolver na comuna do Sambo – município da Chicala-Cholohanga -, na província do Huambo, um projeto agropecuário avaliado em 15 milhões de dólares norte-americanos (cerca de 13 milhões de euros).
Na fase inicial do projeto supracitado, foram plantados 800 hectares de milho, 200 hectares de soja, 25 hectares de arroz e dois hectares de sisal, ficando para a segunda fase, ainda sem data definida, a componente pecuária.