NASA revela que a fertilidade da Amazônia é alimentada pela poeira proveniente do deserto do Saara
(Imagem: Reprodução youtube)
Você sabia que anualmente pouco mais de 182 milhões de toneladas de areia voam atravessando o Atlântico pela atmosfera e desses, pouco mais de 27 milhões de toneladas caem na Amazônia através das chuvas? O mais incrível é que todo esse material funciona como núcleo de condensação, servindo como combustível para as chuvas e, além disso, alimentando a floresta através dos minerais que a compõem.
Um vídeo divulgado pela NASA explica que o fósforo é um dos principais nutrientes que nutrem a floresta, compensando as percas do solo e alimentando o ecossistema em escala continental.
Dados coletados pelo lidar instrument on NASA’s Cloud-Aerosol Lidar and Infrared Pathfinder Satellite Observation, de 2007 a 2013, são sobrepostos e o resultado é sensacional:
O Saara é o maior deserto da terra, com quase a mesma área dos Estados Unidos. Anualmente, milhões de toneladas de poeira do deserto são levadas para a atmosfera e, com o vento, fazem uma viagem sobre o Atlântico. Uma parte desta poeira é depositada sobre a Amazônia, a maior floresta tropical do planeta.
As nuvens de poeira podem ser vistas do espaço e foram captadas pelo satélite no primeiro estudo que analisa a variação das “plumas” de poeira durante a sua jornada transoceânica.
Os cientistas acreditam que essa variação tem a ver com as condições do Sahel, a longa faixa de terra semi-árida na fronteira sul do Sahara. A quantidade de chuva estaria relacionada com a circulação dos ventos, que são os responsáveis por levantar a poeira, tanto do Sahel quanto do Saara para a atmosfera, onde ela se mantém em uma longa viagem sobre o Oceano Atlântico.
Ficou curioso? O paper do artigo foi publicado na revista Geophysical Research Letters e apresenta os dados completos.
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