O jornalista Emídio Rangel, fundador da TSF e antigo director-geral da SIC e da RTP, morreu nesta quarta-feira. Estava internado há várias semanas, devido a complicações provocadas por um cancro.
De acordo com perfil publicado no jornal Público, era considerado como um “visionário que fez o 25 de Abril no jornalismo na rádio e na TV”.
Rangel começou a sua vida profissional na rádio, em Angola na década de 60. Veio para Portugal já depois do 25 de Abril, formou-se em História. Esteve 12 anos na Radiodifusão e em 1988 fez parte da equipa fundadora da TSF.
Com o lançamento da televisão privada, Francisco Pinto Balsemão convida-o para director de Informação da SIC. Ali, acumulou depois também as funções de director de programas e assumiu o cargo de director-geral. Levou o canal à liderança das audiências num caminho fulgurante, chegando mesmo a mais de 50%.
Mas acabou por sair numa altura em que a estação começou num caminho descendente de perda de audiências para a TVI, quando esta começou a emitir sucessivas edições do reality show Big Brother – cuja compra Rangel recusara – e novelas de produção nacional.
Em 2001, passou para a RTP, para exercer funções também como director-geral. Acabou por sair no ano seguinte, regressando à rádio, como consultor da TSF, para desenhar o relançamento da estação noticiosa.
Desde então integrou diversos projectos, boa parte deles para Angola, e em Portugal esteve na preparação de uma das propostas para o quinto canal em sinal aberto que deveria ter sido lançado com a TDT – Televisão Digital Terrestre.