Fazer uma menção às práticas modernas sem elencar o tema da sustentabilidade, é impossível. Nos dias que correm, este conceito é encarado como a alternativa capaz de garantir a sobrevivência dos recursos naturais do planeta. Baseando-se em metodologias e promovendo, ao mesmo tempo, comportamentos que não são prejudiciais para o meio ambiente, a sustentabilidade pretende revolucionar a forma como consumimos. Por isso mesmo, o ideal será começar pela mudança dos recipientes e dos invólucros plastificados que, frequentemente, nos ajudam a transportar ou a conservar aquilo que compramos.
Optar por embalagens recicláveis nunca foi tão fácil. Um pouco por todo o globo, as escolhas generalizaram-se e penetraram o mercado de consumo. Esta tendência, por sua vez, potenciou o aparecimento de inúmeras alternativas ecológicas e muito mais resistentes do que os convencionais sacos de plástico. Perseguindo o objetivo de o colocar a par das novidades, fizemos uma seleção de embalagens recicláveis, cujas etiquetas têm carimbo verde (e recomendam-se). Por isso, deixe as desculpas de lado e invista em opções conscientes. Não se esqueça que ainda não existe um “Planeta B”; convém cuidar do “A”.
Folha de bananeira
Um supermercado em Chiangmai, na Tailândia, tem vindo a testar uma alternativa ao uso excessivo de plástico, utilizado para embalar frutas e legumes. A aposta na folha de bananeira — muito resistente e abundante no continente asiático — foi a solução encontrada pela cadeia Rimping Supermarket. Além de serem totalmente orgânicas, as folhas de bananeira são muito maleáveis, impermeáveis e suportam variações de temperatura. Uma vez que são de origem natural, ao contrário do plástico, decompõem-se rapidamente e não prejudicam o ecossistema durante esse processo.
Apesar de esta alternativa ainda não ter chegado ao mercado português, existem opções orgânicas do género: algodão, lã ou cortiça.
Loiça de ananás e milho
A partir dos restos das cascas de milho e das coroas do ananás — dois subprodutos agrícolas —, a startup colombiana Lifepack conseguiu criar uma alternativa aos descartáveis plastificados. Desta ideia, nasceram pratos e talheres que, depois de utilizados, podem ser descartados, decompondo-se organicamente no solo. Além disso, em cada um dos produtos fabricados foram incorporadas sementes. Ou seja, o consumidor, quando decidir livrar-se dos seus utensílios, pode plantar as suas embalagens e esperar que estas germinem. Depois da fabricação de loiça, a empresa americana também já investiu, utilizando a mesmo fórmula, na projeção de embalagens recicláveis e sustentáveis.
Em Portugal, apesar de se desconhecer loiça descartável feita de ananás, há quem invista em tecidos para fabricar calçado.
Sacos de mandioca
O que fazer com o amido de mandioca? Uma empresa de Bali, sediada na Indonésia, investiu num saco de compras. O modelo da Avani Eco, além de ser resistente, não é tóxico e pode ser reciclado como se fosse papel. De longe, até parece um saco de plástico, mas o seu ADN é totalmente natural. Depois de usado, pode ser dissolvido em água morna e consumido. Consegue aguentar um peso até três quilogramas e, apesar de ser um produto fabricado na Ásia, está disponível para ser comercializado intercontinentalmente.
Saco de conservação de alimentos de algodão orgânico
A arquiteta e estudante de cosmética orgânica, Catarina Matos, decidiu fundar uma loja de vendas online: a Mind the Trash, direcionada para a sustentabilidade. Entre muitos produtos, podem ser encontrados os preciosos sacos de algodão orgânico certificado, não tóxico e sem tingimentos artificiais. Estes podem ser encarados como uma mais-valia para a conservação de vegetais, substituindo as películas aderentes plastificadas. O Vejibag foi projetado com o intuito de manter os alimentos frescos durante cerca de duas semanas. Como? A chave, segundo a sua fundadora, é a humidade. O tecido do saco, se estiver húmido, mantém os vegetais crocantes, permitindo que estes “respirem” naturalmente.
Além do Vejibag, nesta loja também podem ser encontrados os Sacos de Rede de Algodão Orgânico, idealizados para o transporte de frutas, legumes ou outros produtos.
Loiça descartável de farelo de trigo
A linha de loiça descartável de base biológica, feita a partir de farelo de trigo — um subproduto do processo de moagem de cereais — já se encontra disponível no mercado português. A sua invenção é reivindicada pela empresa polaca Biotrem. Esta gama de produtos orgânica é uma alternativa à maioria dos utensílios de mesa descartáveis. Segundo as informações divulgadas pela empresa que distribui os produtos em solo português, a Soditud, uma tonelada de farelo de trigo pode ser transformada em até 10 mil pratos, tigelas, talheres ou copos.
Ressalvamos que estes produtos são totalmente biodegradáveis através do processo de compostagem, em apenas 30 dias. Contrariamente, um prato de plástico descartável precisa de 500 anos para desaparecer do ecossistema.
Película aderente orgânica para conservar alimentos
A loja online portuguesa Alma de Alecrim, entre muitos outros produtos ecológicos, tem disponível película aderente orgânica. Agora, em vez de utilizar o plástico para embalar e conservar alimentos, pode apostar na aquisição de uma alternativa ecológica e orgânica. É reutilizável e possui propriedades antibacterianas naturais. Tem uma durabilidade de aproximadamente um ano e está disponível em vários tamanhos, consoante as necessidades do consumidor. Na base da sua composição, está o algodão orgânico, a resina de árvore, a cera de abelha e o óleo natural de jojoba.
Destacamos ainda o invólucro reutilizável para transporte de alimentos, disponível no stock online da loja. É feito de algodão orgânico e tem um fecho de velcro, livre de plástico. Depois de aberto, também funciona como base.