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Eleições nos EUA dão poder para iniciativas contra Trump

As primeiras eleições nos Estados Unidos desde que o presidente republicano Donald Trump foi eleito, em 2016, foram marcadas pela ascenção de minorias a postos importantes da política nacional. O partido Democrata conseguiu a maioria da Câmara Baixa, garantindo a possibilidade de pressão – já que toda lei, para ser aprovada, passa pela Câmara – e de investigação do presidente. Também podem, a partir de 2019, comandar comitês e impulsionar novas leis que contrastem com a vontade do presidente Trump. Para ser maioria, é preciso 218 deputados, e os Democratas garantiram 219.

 

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O resultado desfavorável ao republicano na Câmara pode simbolizar uma desaprovação de setores da sociedade em relação à política do presidente, marcada por polêmicas contra mulheres, gays, negros e imigrantes, reduções de direitos e cortes de gastos. Vale destacar o aumento de mulheres representantes e que os democratas se opõem à forte política de imigração defendida por Trump – medidas que tomaram fôlego após a confirmação da marcha com 7 mil pessoas que saiu da América Central e pretende entrar nos Estados Unidos.

 

Eleitos a destacar

 

A mulher mais jovem da história – Com 29 anos, a Democrata Alexandria Ocasio-Cortez também tem origem porto-riquenha e defende a latinidade e os trabalhadores. É nascida no Bronx, em Nova York, e será deputada.

 

A primeira mulher indígena – Com 38 anos, a Democrata Sharice Davids é da etnia indígena Ho-Chunk (Winnebago) e também é homossexual declarada. Foi eleita pelo Kansas para ser deputada.

 

O primeiro governador homossexual – Jared Polis governará o estado do Colorado, tendo sido o primeiro gay a assumir a orientação sexual desde antes da campanha eleitoral. É do Partido Democrata.

 

A primeira mulher pelo Tennessee – A republicana Marsha Blackburn foi a primeira mulher eleita Senadora pelo estado, que é conhecido pelo conservadorismo assim como Carolina do Norte e Texas.

 

As primeiras mulheres muçulmanas – Ilhan Omar – refugiada somali nos Estados Unidos – e Rashida Tlaib- de origem palestina – se elegeram pelos Estados de Minnesota e Michigan, respectivamente.

 

A primeira mulher negra por Massachusetts – Ayanna Pressley, Democrata, é conhecida pelo posicionamento contundente contra o presidente Donald Trump, classificando-o como misógino e racista.

 

Senado

 

No Senado, os Republicanos continuam com a maioria,  com 51 contra 45 democratas. A líder da oposição na Câmara, Nancy Pelosi, já descartou impeachment contra Trump e afirmou que o caminho é a luta para frear os excessos e as más políticas levadas a cabo pelo presidente. Um dos temas mais criticados pela população são os cortes de gastos na área da saúde.

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