(Imagem: Reprodução sol)
Hélia Correia, com 66 anos, é o 11º português a receber o prémio considerado o mais importante da literatura da língua portuguesa.
Esta quarta-feira o júri esteve reunido no Palácio São Clemente, sede do consulado português no Rio de Janeiro, para atribuir o Prémio Camões 2015 à escritora portuguesa Hélia Correia.
A vencedora do prémio já havia estado presente entre os candidatos na edição de 2010, ano em que o brasileiro Ferreira Gullar foi o premiado.
A escolha de “Hélia Correia” foi quase consenso absoluto entre o juri. A autora foi reconhecida pela variedade de estilos que domina (romances, novelas, contos, teatro e poesia), e por ter um estilo próprio mas com grande precisão de linguagem – segundo as informações dadas pelos júris ao jornal Público.
A escritora estreou-se com as obras O Separar das Águas (1981) e O Número dos Vivos (1982) e foi vencendo alguns prémios: A Casa Eterna (Prémio Máxima de Literatura, 2000), Lillias Fraser (Prémio de Ficção do Pen Club, 2001, e Prémio D. Dinis, 2002), Bastardia (Prémio Máxima de Literatura, 2006) e Adoecer (Prémio da Fundação Inês de Castro, 2010) e Vinte degraus e outros contos que foi publicado no ano passado (Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco 2014).
Portugal e Brasil encontram-se agora empatados, com 11 escritores cada na lista dos premiados do Prémio Camões. Angola e Moçambique, também empatados com dois prémios, e Cabo Verde com um. Esse é o tipo de concurso em que todos saem ganhando, sobretudo a língua portuguesa. Cultura e literatura no seu melhor, não importe de onde venha.