Documentário retrata índias do Alto Xingu que ‘obrigam’ os homens a fazer sexo
(Imagem: Reprodução Planeta Sustentável)
Ganhador dos prêmios Especial do Juri e de Melhor Montagem no Festival de Gramado, “As Hiper Mulheres” (2011) intercala linguagem documental e ficção para abordar um ritual diferente e feito pelas mulheres da aldeia Kuikuro, localizado no Alto Xingu.
O filme, que mistura realidade e um pouco de ficção, conta o drama de um velho índio da tribo Kuikuro que, com receio de que sua esposa venha a falecer em breve, pede para que a comunidade realize para ela, pela última vez, o Jamurikumalu, um famoso ritual de canto, feito apenas pelas mulheres do grupo. As moças, então, começam a ensaiar, mas têm dificuldades, porque a única cantora que, de fato, sabe todas as músicas da cerimônia está muito doente.
O ritual consiste, entre outras coisas, em invadir as cabanas dos homens durante a noite e forçá-los a praticar sexo, provocando e capturando – intercalando força e brincadeira – os homens da aldeia.
No desenrolar da história é possível conhecer mais a respeito da realidade dos índios dessa tribo, localizada no Alto do Xingu, no Mato Grosso (Brasil): as músicas tradicionais e sagradas, o cotidiano, o bom humor e as relações de gênero.
O longa-metragem faz parte do projeto Vídeo nas Aldeias, criado por Vincent Carelli para introduzir a produção cinematográfica nas aldeias indígenas brasileiras. “As Hiper Mulheres” foi filmado pelos próprios Kuikuros, com direção dos cineastas Takumã Kuikuro e Leonardo Sette, além do antropólogo Carlos Fausto.
Assista ao documentário na íntegra:
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