Além disso, esta edição da Tinta da China vai incluir uma longa entrevista de vida feita pelo jornalista português Carlos Vaz Marques.
O diário dos primeiros 16 dias de prisão de Luaty Beirão vai chegar às bancas, em livro, devido à ideia de colocar o original no interior de um jornal, revelou o ativista, numa entrevista à Lusa.
– Aproveitei uma visita e meti entre jornais que não podiam entrar. Voltaram para casa [os jornais], com o caderno lá dentro. Não quisemos correr o risco de fazer de outra forma, o resultado está aí, porque foram lá à cela e levaram o outro caderno, que agora não aparece – começa por explicar Luaty Beirão.
O diário, de 100 páginas, retrata os primeiros 16 dias de prisão preventiva, até ao início de Julho, quando o activista e outros do mesmo grupo partilhavam espaço numa cadeia com cerca de 1.500 reclusos. A publicação, afirma Luaty Beirão, “não é sequer um quinto do material estava nos restantes cadernos”, que acabaram apreendidos pelos Serviços Penitenciários, já que tudo tinha de ser verificado, e no caso lido, à saída do estabelecimento prisional.
O rapper foi um dos 17 ativistas condenados a penas de prisão pelo tribunal de Luanda, a 28 de Março, por rebelião e associação de malfeitores, depois de ter passado mais de meses em prisão preventiva, após a detenção a 20 de junho.