(Imagem: Reprodução naval)
A Greenpeace apresentou em Pequim (China) esta quarta-feira o resultado de um inquérito que revela que frotas chinesas pescam sem autorização na África Ocidental, incluindo na Guiné-Bissau.
Nos últimos oito anos, a organização identificou 114 casos de navios chineses a operar sem licença ou em áreas proibidas, nas águas de países como Gâmbia, Guiné Bissau e Serra Leoa. Destes, mais da metade atribuída à maior empresa de pesca da China: China National Fisheries Corporation, que pertence ao Estado Chinês.
A pesca ilegal foi denunciada pela Greenpeace e pela União de Coordenação de Operações de Vigilância da Comissão regional de pescas.
Os casos mais recentes foram observados pelo navio da Greenpeace “Esperanza“, que navegava nas zonas económicas exclusivas (ZEE) do Senegal, Guiné-Bissau e Guiné entre 26 de outubro e 21 de novembro de 2014.
Citado pelo Porto Canal, numa entrevista à Agência Lusa, o chefe da Greenpeace, Rashid Kang, afirmou que “Enquanto a China estendeu a mão a África durante o surto de ébola, empresas sem escrúpulos chinesas exploram ilegalmente o meio marinho da África Ocidental, aproveitando-se da fraca supervisão das autoridades locais e chinesas e prejudicando os pescadores locais e o meio ambiente”.
De acordo com os dados reunidos pela Greenpeace, entre 2000 e 2014, os navios chineses terão ultrapassado a quota de pescas guineense em 61%.