O público presente na Arena Verde dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) em Palmas (TO) conferiu um desfile de beleza indígena. Segundo a organização dos JMPI, esse tipo de apresentação é bem tradicional nas festividades indígenas e desta vez reuniu representantes de diversos países.
Um tapete vermelho foi colocado no meio da arena e os atletas que mais cedo, no período da tarde, participaram das demonstrações das modalidades tradicionais, se sentaram para prestigiar e torcer pelas representantes de suas aldeias.
– Esse momento dos jogos foi pensado para mostrar a beleza da mulher indígena. Essa prática é muito comum nas aldeias. Não é uma disputa. Queremos mostrar que a beleza não é definida se a mulher é magra ou não, a finalidade é mostrar a beleza peculiar de cada etnia – explicou o articulador dos Jogos Mundiais Indígenas, Carlos Terena, em entrevista à Agência Brasil.
Cerca de 50 mulheres se apresentaram cada uma com pinturas e adereços típicos de suas etnias. Algumas garotas pareciam mais tímidas do que outras, porém, os gritos de incentivo que vinham da arquibancada serviam de incentivo.
Entre as representantes das etnias brasileiras via-se uma diversidade grande de pinturas corporais, colares, cocares e adereços que traziam para o tapete vermelho do desfile as características de cada povo.
Sementes, penas, fibras, miçangas, palhas e sementes são materiais adotados pela maioria das etnias brasileiras. Os corpos pintados também são outra característica marcante.
A maior parte da “torcida” era para as modelos das etnias brasileiras, porém, representantes de muitas delegações estrangeiras foram bastante aplaudidas pelas 7 mil pessoas que lotaram as arquibancadas.
Foi assim com a represente do México que usava um vestido colorido, com flores bordadas e cabelos trançados; e as índígenas Maori que desfilaram fazendo caretas para o público.
Na tradição Maori, os olhos arregalados e as caretas são para mostrar a força interior da etnia da Nova Zelândia.