Conheça os museus que guardam a história do Estado mais jovem do Brasil
12 minO Estado do Tocantins, no Norte do Brasil, conta com dois Museus em sua capital, Palmas.
O Tocantins é o Estado mais novo da federação Brasileira. A sua história e a de seu povo é bem recente, mas ainda assim, rica. Parte desta história está exposta em dois museus na Capital Palmas. O Memorial Coluna Prestes e Museu Histórico do Tocantins. O primeiro conta parte do fragmento da história da queda da Velha República, na passagem pelo Tocantins, e o segundo, a narrativa do início, criação e aspectos culturais do Estado.
Dada a importância dos Museu para a narrativa da cultura tocantinense, “o Brasil inteiro visita, pessoas de outras regiões, outros Estados e até de outros países. Esses locais são importantíssimos para a preservação da nossa cultura, e acima de tudo, da nossa história,” conta Wolfgang Teske, jornalista e ex diretor de Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria da Cultura do Tocantins.
Museu Histórico
Inaugurado em março de 2002, O Museu Histórico do Tocantins, está instalado no chamado Palacinho, a primeira edificação construída em Palmas, após a criação do Estado em 1989. O edifício serviu de sede ao primeiro governo do Tocantins até a construção do Palácio oficial. O Museu abriga a mais importante coleção de objetos artísticos, históricos, arqueológicos e etnográficos do Estado.
Com um acervo vasto e diversificado, conta com objetos de valor histórico, artístico, arqueológico e etnográfico. A coleção arqueológica é composta por artefatos líticos e cerâmicos produzidos pelos grupos coletores e caçadores que habitavam o território do Tocantins entre 12 mil e 800 anos atrás. Já a coleção etnográfica abriga artefatos relacionados aos grupos indígenas que ainda vivem no Estado.
A coleção histórica possui diversos objetos seculares relacionados à trajetória do território que hoje forma o Tocantins. O acervo voltado à cultura popular dos tocantinenses, conta com objetos referentes a manifestações como as cavalhadas, a congada, a Romaria do Bonfim e a festa do Divino. Além do Palacinho, o visitante poderá conhecer ainda a primeira igreja da capital e a “Biblioteca do Autor Tocantinense” que conta com um vasto acervo.
Teske destaca dois pontos acerca do Museu: a beleza e a questão ambiental. “Além de ser um local importante é ainda muito bonito para visitação por causa de toda a natureza em seu entorno. Que deve, inclusive, ser preservada.” No entanto, faz algumas críticas em relação a narrativa contada ao público. “A história contada ali, tem que ser narrada de forma diferenciada. O Tocantins não tem um criador. É um processo histórico com muitos personagens, pessoas, lutas e muitas organizações.”
Memorial Coluna Prestes
O Memorial Coluna Prestes é uma opção para amantes da história e da arquitetura. Projetado por Oscar Niemeyer, um dos mais importantes arquitetos do Brasil, foi construído para homenagear o movimento tenentista de 1922 e a marcha realizada pela Coluna Prestes, que passou pela cidade de Porto Nacional, ainda Norte de Goiás, entre os anos 20 e 30.
O acervo é composto por fotografias, documentos e objetos pessoais doados pela família de Prestes que rememoram a Marcha de 25 mil quilômetros feita pelo interior brasileiro. “A coluna Prestes foi construída com um propósito político específico, e carece de mais informações. É um espaço também muito bonito na praça dos Girassóis”, admite. “Me parece um local empobrecido, apesar de ser importante”, critica Wolfgang.
Na entrada do prédio está a escultura em bronze “Cavaleiro da Luz”, que representa Luiz Carlos Prestes. O auditório do Memorial também é cenário para diversas manifestações culturais. No Brasil existem apenas dois memoriais em homenagem exclusiva à Coluna Prestes, sendo um no Tocantins e outro em Santo Angelo, Rio Grande do Sul.
As tardes o memorial conta com a presença de um historiador para guiar o visitante por um tour pela história de 1922.
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