Conheça os artistas que farão parte do Festival
No próximo dia 5 de Julho a Conexão Lusófona organiza a terceira edição do seu festival de música assinalando também o dia da Independência de Cabo Verde.
No palco, artistas já consagrados misturam-se com novos talentos da música dos países de língua portuguesa:
António Zambujo, Lura, Paulo Flores, Stewart Sukuma, Paulo de Carvalho, Patche di Rima, Projecto Kaya, Calema, Couple Coffee e Kay Limak são os nomes presentes nesta edição.
O espetáculo tem a direção musical assinada por P.L.I.N.T (Pablo Lapidusas International Trio), formado por Pablo Lapidusas, Marcelo Araújo e Leo Espinoza. A produção musical é assegurada pela Ekaya Productions de Joni Schwalbach.
Veja o perfil dos artistas:
António Zambujo
Cresceu a ouvir o cante alentejano. A harmonia das vozes, a cadência das frases e o tempo de cada andamento, foram para sempre uma influência. Em 2002 edita o seu primeiro trabalho O Mesmo Fado, que recebe o prémio de Melhor Nova Voz do Fado. Em 2006, recebe o Prémio Amália Rodrigues de Melhor Intérprete Masculino de Fado. Seu álbum mais recente, Quinto, foi lançado em 2012. Do Alentejo para o Mundo, a sua obra foi elogiada nos quatro cantos do globo, por exemplo, no Brasil (com apoiantes tão ilustres quanto Caetano Veloso ou Jô Soares) ou nos Estados Unidos (com rasgados aplausos do The New York Times).
Lura
Apontada como uma das cantoras mais renovadoras e expoentes máximos do funaná, do batuco e da morna, Lura começou por se fazer notar ainda nos anos 90, no projeto Red Hot + Lisbon. José Eduardo Agualusa apontou luz no futuro de Lura, falando do fulgor das grandes canções, e Michael Church foi um dos críticos internacionais a render-se à sua voz. Com uma carreira que se desenhou entre Lisboa e Cabo Verde projetando-se daí para o mundo, Lura prepara-se agora para suceder a Eclipse, que deverá ser lançado ainda em 2014. Em 2013, a cantora venceu o prémio de Melhor Artista em Palco, nos CVMA (Cabo Verde Music Awards).
Paulo Flores
Dono de uma voz doce e quente, canta histórias pessoais e coletivas que exprimem desejos do quotidiano. Paulo Flores é uma das principais referências na música de Angola e um defensor incansável do semba. Ainda na juventude, aparece na primeira linha deste movimento crucial da música de dança africana de cariz urbano, popularizada nos anos 80: a kizomba. Seus mais de 25 de anos de carreira foram pontuados por uma quinzena de álbuns. O País Que Nasceu Meu Pai (2013) é o seu último trabalho. Neste disco, homenageia a geração que deu origem à nova africanidade angolana.
Stewart Sukuma
Nascido em Moçambique, Stewart Sukuma despertou cedo para a música. Em 1983 gravou uma canção para a Rádio Moçambique e logo se tornou um dos cantores mais tocados nas rádios nacionais do País, sendo descrito como “o vocalista masculino mais popular de Moçambique”. Mais tarde mudou-se para a África do Sul, onde lançou seu álbum Afrikiti em 1995. Em 2008, lançou o seu segundo disco, Nkhuvu. Suas obras combinam a música tradicional e contemporânea de Moçambique para criar um ritmo enérgico e dançante com sons afro, pop e jazz.
Paulo de Carvalho
É um nome incontornável na música portuguesa das últimas décadas. Foi duas vezes vencedor no Festival RTP da Canção (1974 e 1977) e tem mais de 300 canções escritas. O seu primeiro disco de fado, Desculpem Qualquer Coisinha, provocou grande polémica no meio musical português, mas constituiu o maior êxito de vendas da sua carreira. Para além de sua importância para a música, tem uma participação muito ativa na consolidação da democracia em Portugal. Foi uma canção interpretada por si, E Depois do Adeus, que serviu como primeira senha no 25 de Abril de 1974, à Revolução dos Cravos.
Patche di Rima
Bissau foi a terra onde o cantor despertou para o mundo da música. Põe o seu talento na composição de uma variedade de ritmos (ngumbe, afrozouk, world music, rnb e hip-hop) que resultaram no seu primeiro álbum, Genial Amor (2005). O disco abriu portas para uma carreira promissora ao jovem que já é um ídolo na música guineense. Em 2006, foi o mentor da primeira coletânea de música moderna do País no projeto Guiné no Coração. Patche lança agora um novo estilo musical que denomina Siko, um convite para uma nova abordagem da identidade cultural e da responsabilidade coletiva no desenvolvimento da África em geral e da Guiné-Bissau em particular.
Projecto Kaya
Andrea Soares e Liliana Almeida unem Angola e Portugal pela música. É muito mais do que um projeto, é um contar de uma história criada das raízes de cada personagem envolvida. As cantoras começaram no universo Pop, sendo ambas integrantes da Girlsband Nonstop e encontram-se novamente na House Music com os seus mais conhecidos hits: Selfish Love do Dj Pedro Cazanova e Ibiza for dreams do Dj Diego Miranda. Andrea e Liliana juntaram-se então para um projeto musical pessoal, o Projecto Kaya. O single Fangolê dá forma à junção de temperos musicais com sensibilidades distintas.
Calema
António Mendes Ferreira e Fradique Mendes Ferreira são as vozes nascidas em São Tomé e Príncipe que formam esta dupla. Têm a mesma mestiçagem que caracteriza o povo são-tomense (As estrelas do sul foi o primeiro nome da dupla), descendem de caboverdianos, portugueses e angolanos, transportando em si uma diversa herança cultural que os conduziu à paixão pela música. Com forte influência do género romântico, lançaram em 2010 o primeiro álbum, Ni Mondja Anguené. Sempre com o cadjon nas mãos e a guitarra nas costas, após uma temporada de três anos em Lisboa, vivem hoje em França, onde trabalham na produção do segundo álbum.
Couple Coffee
Formado por um casal de músicos brasileiros, o projeto Couple Coffee une a voz de Luanda Cozetti e o baixo de Norton Daiello, que conferem uma identidade única à música que fazem. Começaram gravando apenas canções alheias em três discos consecutivos: Puro (2005), Co’as Tamanquinhas do Zeca (2007, só com canções de José afonso) e Young and Lovely: 50 Anos de Bossa Nova (2008), canções às quais imprimiam o seu estilo. Intensos e desafiadores como uma chávena do melhor café, em 2010 lançaram Quarto Grão, álbum que marca a estreia de Luanda e Norton no campo autoral.
Laloran Tasi Timor
Timorense-lisboeta, Kay Limak vive em Portugal desde 1996. Passou a sua infância e cresceu em Dilí até aos 10 anos de idade. Sua música funde diferentes estilos com características orientais. Delicia-se pelos estilos pop, jazz, e rock, entre vários outros, e para além de guitarrista é também compositor. Sente-se à vontade com vários instrumentos e atualmente faz parte do grupo musical Zurawski Ensemble, um sexteto que mistura características das músicas portuguesa, brasileira e clássica. No Ensemble, Kay toca a guitarra clássica.
Um concerto a não perder!!
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