(Imagem: Reprodução oje)
Segundo o estudo “Três Décadas de Portugal Europeu”, que analisa a integração portuguesa na União Europeia desde 1986, promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, Portugal é o país com a taxa de população emigrada mais elevada da Europa e é o sexto país em número mais elevado de emigrantes, com mais de cinco milhões de portugueses a morar fora do país.
O número de novos emigrantes ultrapassa os 50 mil e é superior, desde 2011, ao de imigrantes, cujo valor caiu de um máximo de 80 mil em 2002 para menos de 20 mil em 2013.
A Irlanda, Espanha, Grécia e Portugal foram os Estados-membros em que a taxa de emigração mais subiu e a taxa de imigração mais baixou desde 2008, devido ao impacto causado pela crise financeira.
Os portugueses partiram principalmente para países do continente Americano (como o Brasil, a Venezuela, os EUA ou o Canadá), para outros países da Europa (França, Alemanha, Luxemburgo, depois Suíça, Espanha ou Reino Unido) e para o continente africano (Angola ou Moçambique), onde já representam cerca de dois milhões de emigrantes. Pelo resto do mundo já são mais de cinco milhões.
Atualmente, no país residem mais meio milhão de pessoas do que até na data de adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE), mas após registar um máximo populacional de 10,6 milhões em 2008 e 2010, a população desceu até aos 10,5 milhões.
Previsões europeias para 2013/2080 apontam valores preocupantes: Portugal terá menos de 10 milhões de habitantes até 2030, menos de nove milhões até 2050 e perderá um quarto da sua relevância na população europeia até 2060.
Na altura em que Portugal aderiu à CEE, a maioria dos estrangeiros era proveniente das ex-colónias, nomeadamente de Cabo Verde, mas hoje um em cada cinco estrangeiros é oriundo dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), do Brasil e dos países do Leste.