(Imagem: Reprodução agravo)
Na edição deste mês, a revista Superinteressante brasileira trouxe à capa um assunto polémico: o estupro.
O estupro é aquilo a que se chama violação em Portugal, é um crime cometido por quem constranger outra pessoa a sofrer ou praticar relações sexuais, por meio de violência ou ameaças.
Segundo a Organização Mundial da saúde, no Brasil, uma em cada cinco mulheres foi ou será estuprada. Até 2002 vigorou uma lei que possibilitava o violador de se casar com a vítima para não ser condenado à prisão, se a família autorizasse.
“Estupro: O mais acobertado dos crimes” é o título principal da capa da revista brasileira, e pretende chamar a atenção de como esta violência é encarada pelas próprias famílias e por instituições como escolas, igrejas e universidade.
Esta chamada de atenção deve-se ao facto de muitas famílias quererem omitir o crime por vergonha e consequentemente, não apresentarem queixa.
Nas redes sociais, a página do facebook da revista publicou uma história verídica e polémica que mostra o caso de uma atitude cruel por parte da família da vítima que silenciou o estupro para a “estuprada” recuperar a sua “honra”. Esta situação é por muitos considerada normal. A revista iniciou até um movimento nas redes sociais em que é utilizada a hastag #ChegadeSilêncio! para demonstrar revolta para com este tipo de atitudes.
Muitas vezes a sociedade considera as vítimas culpadas, ou por “utilizarem batom vermelho”, ou por vestirem saias “demasiado curtas” ou até por beberem bebidas alcoólicas. A revista mostra algumas ilustrações que pretendem chamar a atenção e mostrar que quem tem esses tipos de pensamentos, na realidade está a culpar vítimas e a desculpar criminosos.