A semana passada o governo português declarou que só acompanharia o caso dos ativistas angolanos pelo ponto de vista dos Direitos Humanos, mas, aparentemente, mudou de estratégia.
No passado sábado João Câmara, Embaixador de Portugal em Angola, dirigiu-se à clínica Girassol, onde está internado Luaty Beirão, para visitar o ativista, tendo sido acompanhado por diplomatas do Reino Unido, Espanha, Suécia e por um representante da União Europeia em Luanda.
O pedido de visita dos vários diplomatas foi feito quarta-feira da semana anterior durante uma reunião entre os embaixadores europeus e Rui Mangueira, Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, a quem aqueles pediram esclarecimentos sobre as questões de Direitos Humanos levantas por este caso.
Foi com alguma relutância que o governo angolano acedeu ao pedido dos representantes europeus, mas a crescente pressão e interesse da comunidade internacional no caso justificaram a decisão final e, possivelmente, uma mudança na forma como o governo angolano lidará com a situação doravante.
Durante a visita os emissários dos vários países ouviram da voz de Luaty as suas pretensões e confirmaram o seu estado de saúde precário. Ao rapper, que é cidadão europeu, foi garantido que a União Europeia continuaria a desenvolver contactos junto das autoridades angolanas para que a situação fosse resolvida da melhor e mais célere forma possível.
Entretanto, sabe-se que Rui Machete, Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, também já solicitou uma visita ao ativista que, para além de nacionalidade angolana, também tem nacionalidade portuguesa.