Comemorações dos 100 anos da revista Orpheu começam já hoje em São Paulo
(Imagem: Reprodução observador)
De hoje até o próximo dia 28 estarão a decorrer, na USP (Universidade de São Paulo) festividades em comemoração ao centenário da revista Orpheu.
A publicação foi lançada no ano 1915, em Portugal, com a direção dos portugueses Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e o brasileiro Ronald de Carvalho. O lançamento desta marcou o início do modernismo em Portugal.
Um dos eventos previstos será o “Congresso 100 Orpheu” que contará com a participação de investigadores de diversos países que se reunirão em cinco conferências, 18 mesas de debate e dez sessões de comunicação, sobre a experiência modernista portuguesa e outros temas abordados na última edição da revista publicada em março de 2015. Poderá ver a programação completa no site oficial do Congresso 100 Orpheu.
Apesar de ter sido lançada pela primeira vez em Portugal, influenciou também a cultura brasileira tal como afirmou Lilian Jacoto, a presidente da comissão organizadora do congresso no Brasil à Agência Lusa,“A revista teve influência sobre o modernismo brasileiro. No ensino da literatura portuguesa, ela é abordada como uma das revoluções artísticas importantes, por conta dos nomes que envolve – todos autores de grande peso para a modernidade e para a contemporaneidade” (citada no Observador).
Além do Congresso haverá uma exposição sobre a revista que, como destacou a investigadora da Universidade de São Paulo à Agência Lusa, vai ser inaugurada em simultâneo como uma homenagem já que a discussão sobre a Orpheu se estendia também às artes plásticas.
“Orpheu foi uma rutura na cultura portuguesa”. “Mais do que uma revista, foi um movimento que se tornou memorável e, tal como disse Fernando Pessoa, apesar de extinto, tornou-se inextinguível, porque se tornou um símbolo, um paradigma e até mesmo um mito” (referida no Dnoiticias).
Palavras do professor Arnaldo Saraiva, especialista do modernismo brasileiro e português, à Agência Lusa e que entendemos ser a melhor descrição da real representatividade histórica da revista.
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