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Cavaco Silva não indigita (para já) governo de esquerda e mantém o impasse

Não suficientes “tendo em vista apresentar uma solução governativa estável, duradoura e credível”. Foi assim que Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República de Portugal, classificou os acordos feitos pelo Partido Socialista com o Partido Comunista Português, com o Bloco de Esquerda e o Partido Ecológico “Os Verdes”.

 

Conheça os acordos feitos à esquerda

 

A revelação foi feita numa nota tornada pública no próprio site da Presidência da República, que esclarecia sobre o documento entregue em mãos à comitiva do Partido Socialista, encabeçada por António Costa, aquando da audiência no Palácio de Belém.

 

O chefe de Estado português fez saber que para empossar um governo liderado pelo Partido Socialista e alicerçado no apoio das restantes três forças partidárias, precisaria de alguns esclarecimentos adicionais sobre vários temas, que não constam por escrito nos vários acordos, a saber:

  1. a) aprovação de moções de confiança;
  2. b) aprovação dos Orçamentos do Estado, em particular o Orçamento para 2016;
  3. c) cumprimento das regras de disciplina orçamental aplicadas a todos os países da Zona Euro e subscritas pelo Estado Português, nomeadamente as que resultam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e da participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária;
  4. d) respeito pelos compromissos internacionais de Portugal no âmbito das organizações de defesa colectiva;
  5. e) papel do Conselho Permanente de Concertação Social, dada a relevância do seu contributo para a coesão social e o desenvolvimento do País;
  6. f) estabilidade do sistema financeiro, dado o seu papel fulcral no financiamento da economia portuguesa.

 

Recorde passo a passo o dia em que caiu o governo de Portugal

 

Carlos César, Presidente do Partido Socialista, garantiu que ainda hoje os socialistas responderiam às questões apresentadas pela Presidência da República, questões essas que minimizou dizendo não terem qualquer “grau de dificuldade”.

 

Todas estas movimentações parecem fazer crer que Aníbal Cavaco Silva estará inclinado a indigitar António Costa como Primeiro-Ministro de Portugal, caso as respostas às questões levantadas vão ao encontro das suas pretensões.

 

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