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Caçula da “Brazilian Storm”, Filipe Toledo quer conquistar a praia de Supertubos

Nos bastidores da etapa portuguesa do Campeonato Mundial de Surfe (WCT), uma tormenta anda preocupando os competidores. É a chamada “Brazilian Storm” (Tempestade Brasileira, em português) termo criado em 2011 pela imprensa norte-americana para se referir à nova geração de surfistas brasileiros que vem se destacando no cenário mundial. E o termo pegou de vez com a série de resultados expressivos em competições internacionais de atletas como Gabriel Medina, Adriano de Souza (Mineirinho), Filipe Toledo & Cia.

Filho de um bicampeão brasileiro no surfe, Filipe Toledo (Filipinho) mostrou esta sexta-feira no mar da Praia de Supertubos, em Peniche, tudo o que aprendeu e desenvolveu a partir da experiência do pai.

– Eu devo muito a ele tudo o que eu sou hoje. Ele é meu treinador, meu pai, motorista, cozinheiro, de tudo um pouco – explica.

Ocupando a sexta colocação do ranking geral, o brasileiro ainda tem chances de ganhar o campeonato e, por isso, não deve poupar esforços nesta penúltima etapa do WCT. No primeiro dia de provas, o caçula da Brazilian Storm ganhou a bateria contra outros dois brasileiros, Tomas Hermes e Jadson Andre.

(Imagem: Reprodução sapo.pt)
(Imagem: Reprodução sapo.pt)

– Ganhar logo a primeira bateria é muito importante, a confiança que passa é muito boa, de passar direto para o terceiro round, descansar e ver os outros competirem… e poder treinar também, que é importante – revelou animado numa entrevista exclusiva à Conexão Lusófona.

A postura de Ricardo Toledo na areia durante a bateria do filho comprova: orientações, gestos e gritos de comemoração se misturam, revelando um pai-técnico-torcedor que leva a sério o seu posto.

Filipinho não esconde a influência que o acompanhamento do seu pai tem na sua forma de surfar, mas também destaca as suas particularidades e seu estilo próprio nas manobras mais modernas:

– As aéreas (manobra em que o atleta salta com a prancha, num “voo” sobre aonda para em seguida pousar novamente sobre a prancha e seguir as manobras) não são influencia dele, ele não costumava fazer isso… – revela Filipinho, entre risos.

Nas ondas de Peniche não há dúvidas que o brasileiro se sente em casa, mas e quanto a Portugal?

– É claro que não é a mesma coisa, mas é muito bom estar aqui, dá para matar um pouco a saudade do Brasil… poder falar a minha língua, a comida é muito parecida, eu me sinto muito à vontade de estar aqui, sem dúvida nenhuma – finaliza.

>>> Conheça os representantes da língua portuguesa que competem na etapa portuguesa do WCT

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