Cabo Verde quer fomentar na CPLP uma agenda cultural e “avanços concretos” nas questões da mobilidade, esse foi o manifesto do chefe da diplomacia cabo-verdiana, que assumirá a presidência da organização em 2018.
Luís Filipe Tavares confirmou que a componente cultural será a bandeira principal do mandato, mas também estão incluídas as questões da mobilidade, da cidadania e a promoção da língua portuguesa. Sublinhando categoricamente que “tem que haver, mais cedo ou mais tarde, a livre circulação de pessoas e bens no seio da comunidade”.
“Acreditamos que a CPLP pode ser um exemplo para o mundo, se conseguirmos avançar nesta matéria da mobilidade de pessoas e bens”, concluiu em comunicação feita na sede da CPLP. Um reforço de uma posição já defendida por Cabo Verde, recorde-se que o país apresentou recentemente com Portugal uma proposta conjunta de mobilidade no espaço onde se fala e comunga os valores da língua portuguesa.
Embora o adiamento da questão da livre circulação que houve na XXII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que teve lugar em Brasília, o debate central sobre a mobilidade poderá culminar na Cimeira da Praia em 2018.