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Brasil combate o suicídio com linha de apoio gratuita em todo o território

Sabia que, entre 2011 e 2016, mais de 60 mil pessoas cometeram suicídio no Brasil, sendo que 79% dos casos são do sexo masculino? Para ajudar a contornar estes números, divulgados pelo Ministério da Saúde, as chamadas telefónicas feitas para o Centro de Valorização da Vida (CVV) são gratuitas, em todo o território nacional.

 

Como setembro é sinalizado como o mês de prevenção ao suicídio, está na altura de relembrar alguns factos: hoje em dia, o suicídio é visto como o reflexo das exigências da vida moderna. O stress, as desigualdades sociais, a depressão e o alcoolismo são os fatores de risco mais comuns. Se for o seu caso e sentir que precisa de uma orientação psicológica, agora já pode ligar para o número 188, sem qualquer custo adicional, e desabafar sobre a situação em que se encontra. A finalidade do Centro de Valorização da Vida, tal como o nome indica, é prestar apoio, facilitando a partilha de problemas e angústias de forma sigilosa.

 

Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Roraima, Piauí e Amazonas, são os estados brasileiros que apresentam a maior taxa de suicídios. Por dia, mais de 30 pessoas colocam fim à vida; anualmente, 11 mil pessoas cometem suicídio no Brasil. Segundo os dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estes números colocam o território brasileiro como um dos 10 países com o maior índice de suicídio do mundo.

 

Para combater esta epidemia com proporções globais, o CVV implementou, em 2015, o Setembro Amarelo, unindo o Centro de Valorização da Vida, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria. Esta união organizacional pretende evitar que um problema psicológico avance e passe a ser incontornável. Segundo o Ministério da Saúde, a existência de um Centro de Atenção Psicossocial num município faz com que o risco de suicídio caia para os 14%.

 

Fundado há mais de 40 anos em São Paulo, o CVV é uma associação civil, sem fins lucrativos, que se compromete a prestar um serviço personalizado com o intuito de combater a taxa de suicídios do país. A ajuda prestada pelo Centro de Valorização da Vida não substituirá o acompanhamento profissional clínico. Este serviço público pretende acompanhar as pessoas através de postos de atendimento, distribuídos por todo o território nacional, funcionando como um sistema de orientação psicológica por telefone.

 

Os estados da Bahia, Pará, Maranhão e Paraná eram os únicos onde as chamadas telefónicas para o CVV não eram gratuitas, mas, desde julho, mudou. Atualmente, todos os estados brasileiros estão munidos com uma linha de apoio ao suicídio gratuita. O acompanhamento é realizado por voluntários, que receberem a formação necessária, e é possível obter acompanhamento – além do telefone – por carta, skype, chat e e-mail, 24 horas por dia.

 

 

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