(Imagem: Reprodução Imagemdecore)
João Miguel dos Santos Simões foi um dos maiores historiadores de arte, promotor da autonomização do estudo da azulejaria em relação à cerâmica e afirmou em Portugal o azulejo como cultura.
O seu trabalho estará brevemente disponibilizado no DigiTile, uma biblioteca online. Este projeto resulta de uma parceria entre o Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian.
Paulo Leitão, representante da Biblioteca de Arte da Gulbenkian, é um dos responsáveis pelo projeto e explica à Lusa, que o grande objetivo “é a divulgação deste património documental e informativo único”.
Já no final da década de 50 até o início da década de 70, a Gulbenkian apoiou este artista, para a criação do inventário de azulejaria nacional, e desse trabalho resultaram publicações “que continuam a ser hoje obras de referência no estudo desta área” explica Paulo Leitão. “Ficou alguma documentação de Santos Simões, que o investigador queria publicar, mas permaneceu inédita na Gulbenkian, até hoje“, acrescentou, em entrevista à Lusa citado pelo Diário Digital.
A proposta para criar uma biblioteca online surgiu em 2011, já que a documentação circulava apenas entre os especialistas da área. A ideia foi portanto disponibilizar todos esses arquivos ao grande público. O objetivo fundamental é a produção de conhecimento e registos da História da Arte do azulejo.
Esta biblioteca online passa assim a estar disponível para todo o público com conteúdo digitalizado, apresentando cerca de 3 mil fotografias dos trabalhos de João Simões, 800 desenhos do pintor Emílio Guerra de Oliveira, entre vários textos e documentos importantes nesta área artística.