Em causa estão registos de “atividade sísmica anormal“, embora em finais de junho, a ilha tivesse registado sinais, houve uma evolução da actividade categorizada de “quase alarmante” em localidades da ilha da Brava.
As autoridades locais já accionaram mecanismos de protecção civil, e já estão a sensibilizar as cerca de 300 pessoas para a necessidade de uma eventual evacuação nos lugares onde prevê-se a erupção vulcânica, a ilha cabo-verdiana da Brava, a menor e a mais a Sul do arquipélago.
– As autoridades já estão a preparar-se para o pior cenário, que seria erupção vulcânica na ilha da Brava – avança Francisco Tavares, em declarações à Lusa, ressaltando que a Protecção Civil já está a tomar “medidas drásticas” no sentido de informar a população para estar em alerta em caso de agravamento da actividade sísmica na mais pequena ilha de Cabo Verde.
E por causa desses abalos, uma equipa da Universidade de Cabo Verde esteve na ilha Brava onde procedeu a uma campanha geoquímica, numa monitorização in loco para se perceber o que realmente se passa, tendo divulgado recentemente o seu relatório. Pelos estudos que a UNI-CV tem feito, a geologia da Brava poderá proporcionar informações importantes sobre o risco vulcânico que a ilha representa.
O governo cabo-verdiano anunciou também a chegada de cinco especialistas da União Europeia e da ONU para auxiliar o país, num momento que a ilha de Brava já regista intensidade sísmica na escala de 3,2 na escala de Richter.