Mário Lopes, vice-presidente da Conexão Lusófona (CL), foi galardoado com o prémio Alda do Espírito Santo, na categoria “Jovens que Inspiram” (julho de 2019). Sendo reconhecido como um dos principais rostos e líderes da juventude santomense — um pouco por toda a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) —, no que ao associativismo e ativismo diz respeito, os resultados parecem não surpreender.
Organizado pela Associação Mén Non, este galardão visa o reconhecimento dos jovens do país e o incentivo ao empreendedorismo social. Num comunicado publicado no Facebook, a entidade assinalou:
“O Empreendedorismo deve ser encarado como uma aposta de longo prazo, que deverá ser iniciada nos programas curriculares do ensino básico e percorrer os vários níveis de ensino, permitindo às crianças e jovens serem levadas, desde muito cedo, a experimentarem e serem desafiados a desenvolver características empreendedoras. É preciso apostar na juventude se quisermos que eles assumam como um verdadeiro motor da mudança e que nos devolvam a confiança no futuro”.
Mário Lopes representa o empreendedor social, mas também um agente de mudança. O seu compromisso com as políticas da juventude, que visam incluí-la na criação de uma geração de liderança dentro da comunidade, é evidente já há vários anos. Embora resida em Portugal, a sua carreira tem sido voltada para a orientação dos jovens de São Tomé e Príncipe. Acredita que a passagem de conhecimento é essencial e que a criação de meios para esse efeito merece todos os esforços. Por isso, a CL é uma das múltiplas camadas do ativismo social em que Mário está envolvido. Ele é, também, o representante do Conselho Nacional da Juventude de São Tomé e Príncipe em Portugal.
“É uma honra para mim ser galardoado com um prémio com denominação da sua mentora. É de grande simbolismo, pois fui, em tempos, um dos pupilos da poetisa Alda do Espírito Santo. É também muito especial porque este reconhecimento vem do público, de todo um percurso que tenho feito, e reforça o comprometimento da minha parte no empoderamento dos jovens em matéria de empreendedorismo social, liderança e ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), particularmente os mais vulneráveis e em meios desfavorecidos” — Mário Lopes em comentário sobre a sua vitória.
Alda do Espírito Santo, que dá nome a este prémio, foi uma figura emblemática da luta pela independência de São Tomé e Príncipe. É a autora do hino nacional e uma referência incontornável do país, a nível político, artístico, cultural e social. Faleceu em 2010, com 84 anos.