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Ataque em Timor-Leste confirma risco de violência política

(Imagem: Reprodução opencanada.org)

Um ataque a um quartel na madrugada de sábado para domingo feriu quatro policiais timorenses (incluindo três agentes do corpo de segurança pessoal do presidente do Parlamento). O ataque soma-se a outro incidente ocorrido em janeiro e confirma que o risco de violência política continua a existir no país.

Segundo a Agência Lusa, a Polícia Nacional atribuiu o ataque ao Conselho de Revolução Maubere, um grupo liderado por Paulino Gama, ex-comandante da resistência timorense, conhecido como Mauk Moruk.

O presidente do Parlamento, Vicente da Silva Guterres, disse à Lusa que o ataque “coordenado” de Baguia não o visava diretamente, apesar de terem sido feridos três dos seus seguranças, que pernoitavam no quartel atacado (localizado a 100 metros de distância da casa onde Guterres estava a dormir). O quarto ferido é um agente local.

De acordo com as informações publicadas no jornal Público, primeiro foi cortada a eletricidade na zona e depois iniciado o ataque “com muita gente”. “Houve tiros durante várias horas e foram lançadas granadas artesanais contra o quartel”, disse o presidente do Parlamento. Uma fonte da Polícia Nacional afirmou que além do ataque à esquadra foram queimadas pelo menos três casas.

Em Dezembro, o Tribunal de Díli ordenou a libertação de Mauk Moruk – com quem o ex-primeiro-ministro Xanana Gusmão manterá divergências desde a fase da luta contra a ocupação indonésia – e a de outro ex-comandante da resistência, José Santos Lemos (Labarik). Estavam ambos detidos preventivamente desde Março do ano passado.

Os dois homens tinham sido detidos após uma resolução do Parlamento que os acusava de tentativas de instabilização e de ameaças ao Estado protagonizadas pelo Conselho de Revolução Maubere, de Mauk Moruk, e pelo Conselho Popular da Defesa da República de Timor-Leste (CPD-RDTL) – um grupo de veteranos, a que Labarik pertence.

Em janeiro, dois agentes da polícia foram feitos reféns depois de confrontos no subdistrito de Laga, próximo do mesmo local do ataque deste domingo. Nesses confrontos foram feridos dois outros agentes.

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