(Imagem: Reprodução perolasdomar)

Sines é um exemplo a seguir no que se refere à integração social e económica da comunidade cabo-verdiana em Portugal, segundo informações da DW África.

“Como todos os emigrantes, quando se sai do país procura-se ter uma vida melhor. Ao nível do trabalho, o nosso país não estava tão desenvolvido como gostaríamos. Então, emigrámos. Por acaso, vim parar aqui a Sines.”

Há 40 anos Timóteo Soares mudou-se para Portugal, onde na altura ainda não existiam dificuldades para arranjar emprego. O cabo-verdiano teve emprego fixo sempre na mesma empresa e pôde constituir família sem grandes dificuldades. No entanto, os seus dois filhos deixaram Portugal, tal como outros imigrantes e portugueses, em busca de uma vida melhor na Irlanda do Norte e na Holanda, pois o processo inverteu-se.

Outro exemplo de integração dado pela DW na cidade é o de Vânia Anjos, que veio para Portugal há 10 anos. Formou-se em arquitetura quando “as coisas estavam bem” e “na altura do ‘boom’ da construção em Portugal”, porém com a crise nos dias de hoje “a construção em Portugal está completamente parada. Isto está muito complicado”.

Apesar disso, foi recentemente mãe e afirma que se sente bem integrada na sociedade portuguesa.

A Associação Cabo-verdiana de Sines e Santiago do Cacém, em parceria com a autarquia local, tem contribuído bastante para a inclusão dos imigrantes cabo-verdianos na cidade portuguesa, sendo esta um dos seus principais objetivos.

Gracinda Luz, presidente da associação, explicou que “esta é uma comunidade que já está cá radicada há muitos anos e ajudou a construir a própria cidade. Também faz parte dela e é aceite como tal“.

O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, diz tratar-se de uma comunidade exemplar e realça o papel por ela desempenhado na evolução do concelho. Formações abertas a toda a comunidade é apenas um exemplo das atividades promovidas ela associação.