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Após uma queda superior a 50% no preço do barril de petróleo, Angola corre para reestruturar as contas. Com mais de 70% das suas receitas provenientes da venda do ouro negro, o país terá que gerir uma redução drástica no orçamento anual quase diretamente proporcional à oscilação do óleo no mercado internacional.
O suposto aumento no preço dos combustíveis na verdade representa uma redução do subsídio estatal no preço final ao consumidor. Diferentemente de outros países lusófonos como Portugal e Brasil, que tentam balizar o preço dos combustíveis pelas cotações internacionais, em Angola o preço é tabelado pelo Estado e hoje se encontra em 90 Kwanzas/litro (gasolina), cerca de 76 cêntimos de euro.
O custo desses preços artificiais consumiu em 2014 cerca de 3,7% do PIB do país. Recentemente o FMI (Fundo Monetário Internacional) em seu plano de ação para Angola, sugeriu que os subsídios sejam extintos, ajudando assim a equilibrar as contas do Estado.