Angola: Crise faz multiplicar o câmbio ilegal e o número de ‘mulas de dinheiro’
Há apenas duas coisas que as crises fazem crescer de forma contínua, a pobreza generalizada e a economia paralela. A crise angolana não é exceção dessa realidade universal, que se espelha um pouco por todo o lado, nos países com situações económicas precárias.
A escassez de dólares em Angola aumentou a sua procura e o seu valor cambial. Sempre atento, mais flexível que o seu ‘irmão gémeo’ e sempre mais pronto a encontrar novas soluções originais de negócio, o mercado ilegal encontrou rapidamente uma forma de lucrar com a situação.
Há registos de vários angolanos a comprar dólares em Portugal, apenas para os vender de novo em Angola com um câmbio três ou quatro vezes superior.
A denúncia foi feita por Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção Civil, ao Jornal Sol. O empresário apelidou quem o pratica de “mulas de transporte de dinheiro”.
Legalmente um angolano só pode entrar no país com 10 mil dólares, mas basta que se organize um grupo de 50 ou 100 pessoas para que se perceba a rentabilidade do negócio.
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