O reinado nunca é para sempre dizem os entendidos. Chegou a hora da Nigéria dizer adeus ao estatuto de maior produtora do “ouro negro” em todo o continente africano. Ataques terroristas contra instalações de exploração petrolífera na região do Delta, dificuldades sociais e económicas estão na base da perda da liderança.
O relatório “Africa Energy Outlook“, divulgado em Paris, menciona que a Nigéria foi ultrapassada por Angola não devido à falta de petróleo, mas sim devido à falta de organização, instabilidade política, roubo de petróleo, dificuldades no controlo de grupos armados e aos adiamentos sucessivos da nova lei do petróleo, que estão a impedir a concretização de investimentos no valor de 25 mil milhões de dólares, segundo as contas da EIA.
Segundo o relatório mensal sobre o mercado petrolífero da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), a produção diária de Angola aumentou em Abril face a Março 17,8 mil barris de petróleo para atingir 1,788 milhões de barris, ao passo que a da Nigéria caiu 56,8 mil barris, atingindo 1,637 milhões de barris de acordo com fontes secundárias.
Angola assume assim o topo da lista de maiores produtores africanos de petróleo, estatuto há muito desejado, mas limitado por muito tempo pela produção insuficiente.