Foi a busca por respostas a esta pergunta que motivou a diretora e roteirista Adriana Dutra a reunir depoimentos para o documentário “Quanto Tempo o Tempo Tem“. A produção faz parte de uma trilogia, que teve início com o filme “Fumando Espero”, em que ela virou cobaia do próprio filme ao narrar a sua luta contra o cigarro. Além desses dois longas-metragens, a diretora tem o objetivo de encerrar uma “trilogia da catarse” com um documentário sobre o medo.
– Eu fiz um mergulho nessa temática, foram cinco anos de trabalho, fiz quase uma volta ao mundo em busca dos entrevistados para fazer um panorama do passado, do presente e do futuro do tempo – revela Adriana em entrevista à Agenda Curta.
A documentarista rodou por cidades como Paris, Londres, Nova York e São Paulo a fim de entrevistar cientistas, médicos e religiosos.
“Quanto Tempo o Tempo Tem” parte do conflito da diretora na questão do tempo e da falta dele no mundo contemporâneo e faz uma profunda reflexão sobre o tempo, a civilização e o futuro da existência. O resultado é um documentário inquietante, daqueles filmes que você certamente não conseguirá assistir e esquecer em seguida.
– Meus filmes nascem dessa inquietação com a vida conectada, multifacetada, que você não desliga nunca. Na verdade, estamos todos doentes. Não conseguimos nos aprofundar em um assunto, porque sempre tem algo novo chegando e o mundo acaba ficando raso. O filme nasceu dessa sensação. – explicou ao portal Heloisa Tolipan.
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