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“A nossa língua está a nos exigir uma afirmação global”, diz ministro da Cultura do Brasil

(Imagem: Reprodução cultura.gov.br)

Um mês após admitir que o Acordo Ortográfico possa ter sido precipitado, Juca Ferreira, ministro da Cultura do Brasil publicou um artigo no Público esta segunda-feira afirmando que é chegada a hora de construir uma estratégia planetária para a língua portuguesa.

Para Ferreira, o século XXI exige dos falantes de língua portuguesa um protagonismo sem precedentes.

Compomos um universo de falantes que supera o de línguas muito mais tradicionais no mundo da cultura e dos negócios. Somos mais falados do que o italiano e o alemão. O francês nos supera apenas quanto ao número de falantes não nativos. Juntos, estamos entre as cinco maiores economias do planeta. A nossa língua está a nos exigir uma afirmação global, a nos cobrar uma responsabilidade para com ela. Impressiona-me que não tenhamos uma política comum a todos os países que falam o português. Quem há de negar que precisamos definir uma grande estratégia cultural de presença no mundo que abranja todo o nosso território linguístico?“, afirma.

Segundo o ministro, as dimensões social, política, econômica  geopolítica da língua não podem ser ignoradas: “A língua gera coesão, nos fortalece no mundo globalizado, ‘é a casa onde a gente mora’. Nela, se deposita know how, tecnologia. Língua também é economia“.

Para Ferreira, os falantes da língua portuguesa podem “ser portadores de uma mensagem planetária singular“, para a qual a ortografia comum é essencial:

Possíveis erros de condução não diminuem sua importância, e o que representa para o fortalecimento da língua no contexto global. A diversidade e a riqueza de um português que floresce em vários cantos do planeta, e que a enriquece, sem uma escrita comum podem vir a comprometer a sua unidade“.

Leia aqui o artigo na íntegra.

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