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A justiça portuguesa e o racismo

Na primeira série de reportagens intitulada ”Racismo à Portuguesa”, Joana Gorjão Henriques revela que um em cada 73 cidadãos dos PALOP está preso. É dez vezes mais do que a proporção que existe para os portugueses.

 

Na investigação foi revelado que se tivermos apenas em conta os homens, que constituem, na verdade, o grosso da população prisional, concluímos que um em cada 37 cidadãos dos PALOP está preso versus um em cada 367 homens portugueses (e uma em cada 1071 mulheres dos PALOP versus uma em cada 6732 portuguesas).

 

As diferenças entre as taxas de encarceramento acentuam-se nos concelhos onde a percentagem de imigrantes dos PALOP é mais alta, como Amadora ou Sintra. Na Amadora, uma em cada 49 pessoas dos PALOP está presa, comparando com um rácio de um em cada 392 cidadãos portugueses. Em Sintra não é muito diferente: na população dos PALOP, a relação é de um para 50; entre a comunidade portuguesa, de um para 492.

 

As conclusões acima publicadas constam de uma vasta reportagem do PÚBLICO divulgadas no dia 19 de Agosto com o título: A justiça em Portugal é “mais dura” para os negros.

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