Esta fábrica portuguesa faz papel a partir de roupa velha
Moinho é o nome da empresa portuguesa que usa a mesma técnica inventada na China há milhares de anos e produz papel a partir do algodão, utilizando desperdícios da indústria têxtil como matéria-prima.
Criada em 1993, a fábrica transforma t-shirts brancas e calças jeans (de ganga), por exemplo, em folhas de papel. Os papeis podem ser também embelezados com elementos naturais como sementes, folhas de árvores, musgo ou barbas de milho.
No passo seguinte, o papel é depois transformado em vários tipos de artigos como embalagens, convites, álbuns, envelopes, blocos e livros.
Na verdade, o papel de algodão, além de ser quase 40 vezes mais durável do que o papel “normal”, já faz parte da sua vida há tempos e você sequer suspeitava. Rui Silva, presidente da empresa, explica:
– Uma coisa que as pessoas não sabem é que o papel-moeda tem uma base de algodão.
É por isso que, quando colocamos umas calças a lavar com dinheiro e outros papeis nos bolsos, o papel normal desfaz-se e o dinheiro mantém-se intacto.
O papel fabricado pela Moinho é destinado a pequenos nichos de mercado e “o preço é competitivo”, diz Rui Silva, o administrador da empresa. O principal custo da empresa é o da mão-de-obra, já que, além de utilizar como matérias-primas os desperdícios têxteis, o Moinho reutiliza água em circuito fechado.
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