A calçada portuguesa do Rio de Janeiro em exposição
(Imagem: Reprodução: fotospublicas)
A calçada portuguesa vai ser o tema da exposição Tatuagens Urbanas e o Imaginário Carioca que está exposta no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e assim continuará até ao dia 1 de Agosto.
A exposição conta a história dos 1.218 milhões de metros quadrados de pedras portuguesas que decoram o Rio de Janeiro. O calçadão da praia de Copacabana, imagem mundialmente conhecida e o canteiro central da orla do bairro, projetado pelo paisagista e arquiteto Roberto Burle Marx são os exemplos mais emblemáticos das calçadas da cidade.
A calçada portuguesa (no Brasil designada como pedra portuguesa), tal como o nome indica, teve origem em Portugal no século XIX, mais propriamente no ano de 1842, em redor do Castelo de São Jorge, em Lisboa. A iniciativa partiu do Governador de Armas do Castelo de S. Jorge, o Tenente-general Eusébio Cândido Furtado e as calçadas originalmete instaladas por prisioneiros condenados a trabalhos forçados – chamados “grilhetas” que mais tarde se tornaram calceteiros. O padrão aplicado foi muito simples: tipo zig-zag.
O sucesso foi tanto que os desenhos a calcário (branco e negro) passaram rapidamente a ser o revestimento de piso mais utilizado na maior parte das praças, pátios e parques de todo o país, chegando até às colónias portuguesas.
No Brasil, a ideia da introdução das pedras portuguesas partiu do Prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, que começou por contratar cerca de 33 calceteiros em 1904. Pouco depois, mandou vir mais 170 homens de Lisboa para construir a calçada da Avenida Central que foi inaugurada em novembro de 1905.
A moda da calçada portuguesa continuou em expansão, até que, no ano de 1971 foi executado o famoso calçadão da praia de Copacabana, que se mantém até hoje como um dos ex libris da cidade.
A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30 e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.
O preço da entrada é de 8 reais (2.28 euros), exceto aos domingos dias em que a entrada é gratuita.
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